Lacen ficará responsável por análises, que antes eram feitas no Pará. Exame está disponível desde quarta-feira (21), diz Sesa.
(G1, 22/09/2016 – Acesse no site e origem)
O exame que faz o diagnóstico de zika vírus começou a ser realizado no Amapá desde a quarta-feira (21), segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). A previsão é que o resultado saia em 15 dias, tempo menor em relação ao antigo processo, em que as amostras eram enviadas e analisadas no Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará. A entrega do exame ocorria em até 45 dias.
O teste está sendo feito no Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (Lacen), na Zona Norte de Macapá, e o atendimento será prioritário para grávidas com suspeita de zika, recém-nascidos com microcefalia ou que apresentaram suspeita do vírus e mulheres que tiveram algum tipo de aborto.
Segundo a farmacêutica Edecelia Ribeiro, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS), com maior velocidade na entrega do resultado, o paciente pode iniciar mais rapidamente o tratamento com o diagnóstico correto da doença, transmitida através do mosquito Aedes aegypti.
“O diagnóstico será feito de maneira mais rápida e vai facilitar no tratamento, especialmente das gestantes e recém-nascidos, que são os pacientes prioritários para a análise. Seguimos a recomendação do Ministério da Saúde e vamos trabalhar estes grupos”, disse.
De acordo com a CVS, a coleta para os exames será feita em todas as unidades básicas de saúde (UBS) de Macapá e municípios próximos à capital.
As amostras serão encaminhadas para o Lacen. No caso de outras cidades, as amostras serão congeladas e encaminhadas à capital. O Lacen também realiza exame de dengue e chikungunya.
Zika vírus
O zika vírus foi isolado pela primeira vez em 1947 a partir de amostras em macacos Rhesus na floresta Zika, em Uganda. Ele é endêmico no leste e oeste africanos e, no continente americano, foi identificado na Ilha de Páscoa, território chileno, no início de 2014, segundo o ministério.
É uma doença viral que passa sozinha, em geral, após até sete dias. Ela se caracteriza por febre, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, inchaço nas extremidades, e dor atrás dos olhos, que também podem ficar vermelhos. A transmissão se dá por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti e há um período de incubação de cerca de quatro dias.
O tratamento é baseado no uso de paracetamol para febre e dor. Não há registros de óbitos causados pela doença. Também não há vacinas contra ela. As medidas de prevenção são semelhantes às da dengue e da chikungunya.