Gravidez depois dos 50: CFM revisa regras e elimina restrições

23 de setembro, 2015

(Correio Braziliense, 23/09/2015) Conselho Federal de Medicina revisa as regras e elimina restrições para a fertilização de mulheres acima da faixa etária ideal, desde que assumam riscos com os médicos. Regra já deve valer a partir de amanhã, com publicação do ato no Diário Oficial

Mulheres com mais de 50 anos podem tentar engravidar por meio técnicas de reprodução assistida, contanto que assumam, junto com os médicos, os riscos que a gravidez pode causar. Antes, havia uma restrição à prática, caso a mulher tivesse mais de 50 anos. Agora, se ela estiver ciente dos riscos e o médico a apoiar, o procedimento poderá ser realizado.

A decisão foi anunciada ontem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que atualizou a resolução sobre a reprodução assistida. O novo texto deve ser publicado na edição de amanhã do Diário Oficial da União, quando as normas passarão a valer. A gravidez em idade mais avançada aumenta em 50% a 60% os perigos para a saúde da mãe, podendo provocar diabetes e hipertensão gestacional, e também para o feto, que pode nascer prematuro.

Para José Hiran Gallo, tesoureiro e coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM, a decisão garante a autonomia das mulheres e o direito à reprodução: “Houve demanda. Nós continuamos defendendo que a idade é 50 anos, por isso colocamos a responsabilidade não só para as mulheres, mas também para o médico”, disse.

A funcionária pública Tatiana Bastos, 42 anos, utilizou métodos de reprodução assistida e, atualmente, espera a primeira filha. Para ela, a decisão do CFM é acertada, já que os médicos alertam sobre os riscos. “Hoje, as mulheres são mais saudáveis e chegam bem aos 50 anos, a expectativa de vida é maior. Eu mesma não tive nenhum problema. Desde que você se cuide, é uma gravidez normal”, afirmou.

Nívea Ribeiro

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