Em fevereiro, quando Macri autorizou o debate, as buscas eram de apenas 5% da previsão feita pelo Google. Crescimento do interesse sobre o tema é visível
(R7, 11/06/2018 – acesse no site de origem)
Em fevereiro, o movimento Ni Una a Menos (Nem uma a menos) conseguiu sua primeira vitória. Tentando frear a queda na sua popularidade, o presidente Mauricio Macri autorizou que um projeto de lei que prevê a legalização do aborto fosse discutida no Congresso. Desde então, o Google na Argentina apresentou números crescentes de buscas sobre o termo aborto.
A discussão do projeto, que autoriza o aborto em qualquer circustância até a 14ª semana de gestação, acontecerá nas duas casas parlamentares, começando na Câmara na próxima quarta-feira (13).
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Assim, a Argentina pode se tornar o terceiro país latino-americano a descriminalizar a prática do aborto. Os primeiros foram Cuba e Uruguai.
O crescimento da curiosidade sobre o assunto é visível nos gráficos da principal plataforma de buscas na internet.
Antes da permissão do presidente, as buscas estavam estagnadas em cerca de 5% da previsão de interesses de busca feita pelo Google.
O buscador faz uma estimativa de quantas pessoas podem estar interessadas em determinado assunto e, então, mede quantas pessoas efetivamente pesquisaram os termos relacionados.
Do dia 17 para o dia 24 de fevereiro o aumento de pesquisas foi de 37% e as buscas chegaram a um pico de 42%.
Nos meses seguintes, as pesquisas no maior buscador do mundo foram caindo, mas nunca voltaram ao patamar inicial.
Isso significa que todas as pessoas estimadas pelo Google realmente se engajaram com o debate sobre o tema, ao menos no que diz respeito às pesquisas online.
O presidente Mauricio Macri liberou seus ministros e apoiadores a votarem de acordo com suas consciências.
Buscas relacionadas
O Google mostra também quais são os termos de busca relacionados procurados pelos argentinos.
O principal é uma referência aos panos verdes que as mulheres argentinas que pedem a legalização do aborto estão usando nas manifestações.
Além disso, ‘a legalização do aborto”, “aborto legal já”, e até mesmo “memes aborto” estão na lista dos hermanos.
Beatriz Sanz