Paciente fez uma rápida viagem no fim de agosto para visitar a filha, que mora em Cingapura
(Folha de S. Paulo, 31/08/2016 – Acesse no site de origem)
A Malásia anunciou nesta quinta-feira (1°) o primeiro caso suspeito de zika no país, em uma mulher de 58 anos, que as autoridades acreditam ter contraído o vírus em Cingapura, onde mais de cem casos já foram confirmados.
O Ministério da Saúde malaio informou que a paciente fez uma rápida viagem no fim de agosto para visitar a filha, que mora em Cingapura. Depois de retornar para a capital malaia, Kuala Lumpur, a mulher passou mal e passou a ser considerada um caso suspeito de zika, com base em um exame de urina, mas a confirmação depende dos exames de sangue.
“Suspeita-se que a fonte da infeção tenha ocorrido em Singapura”, diz o comunicado.
Estados Unidos, Austrália, Taiwan e Reino Unido já advertiram seus cidadãos, especialmente as grávidas, sobre o perigo de viajar a Cingapura. O primeiro caso de vírus da zika em Cingapura foi registrado em maio, levado por um homem que havia estado no Brasil.
As autoridades de Cingapura afirmaram, em comunicado na noite desta quarta-feira (31), que havia identificado 22 novos casos no país e o primeiro caso de transmissão em uma mulher grávida.
O vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foi detectado no Brasil no ano passado e se espalhou pelas Américas desde então. É um risco para mulheres grávidas que, infectadas, podem ter bebês com microcefalia, segundo especialistas. O vírus já foi detectado em 67 países.
Cientistas afirmam que o vírus que circula no Brasil foi importado da Polinésia Francesa, no oceano Pacífico, durante a Copa das Confederações, em 2013.