Cerca de 5.000 pessoas compareceram ao protesto, segundo PM
Manifestantes fizeram neste sábado (15), em São Paulo, um protesto contra o PL Antiaborto, que pode equiparar a punição para o aborto à reclusão prevista em caso de homicídio simples. Os participantes do ato apelidaram o texto de “PL da gravidez infantil” e fizeram críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Pelo menos 5.000 pessoas participaram do ato, segundo a Polícia Militar. Para a comissão organizadora que representa as 60 entidades que assinaram o chamado para a manifestação, 10 mil pessoas compareceram ao protesto, que “foi além da expectativa”.
Os manifestantes inicialmente se reuniram na avenida Paulista, em frente ao Masp, por volta das 15h. Dali, iniciaram uma caminhada até a rua Augusta e, por último, pararam na praça Franklin Roosevelt, na Consolação. O ato terminou ali, às 18h, de forma pacífica.
Convocado às pressas, após aprovação da urgência do projeto na última quarta (13) na Câmara, o protesto foi feito “sem tempo e sem dinheiro”.
“Foi uma mobilização de mulheres e homens que mostra que nossa sociedade está aberta ao debate sobre aborto legal e combate à cultura do estupro”, afirmou Maria das Neves, integrante da União Brasileira de Mulheres.
“Queremos o arquivamento desse projeto nefasto”, disse ela. “É um retrocesso civilizatório, usam nossos corpos como moeda de troca e avançam com a política do estupro. Mas as mulheres brasileiras vão colocar para correr esse PL.”