Em posts da rede social, profissional disse que “como cristã”, se questionou sobre o caso. A menina foi vítima de estupro em São Raimundo Nonato, Sul do Piauí, e foi transferida à capital para passar pelo procedimento e poder interromper a gestação. O padrasto da menina é procurado suspeito do crime.
A direção da nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, localizada na Zona Leste de Teresina, apura a conduta de uma médica que publicou no X (antigo Twitter), no dia 6 de janeiro, mensagens sobre um aborto legal ocorrido na unidade de saúde. A paciente é uma menina de 12 anos, vítima de estupro.
Até a última atualização desta reportagem, a maternidade não se manifestou oficialmente sobre o caso. O g1 não identificou a profissional, que não teve seu nome divulgado e, por isso, não conseguiu contato com ela.
A violência sexual aconteceu em São Raimundo Nonato, Sul do Piauí, e está sendo investigada desde o fim de 2023, quando a avó paterna da vítima fez a denúncia à polícia.
Após descoberto o estupro e a gestação, a menina e a família foram encaminhados a Teresina, para o procedimento de interrupção da gestação.
Uma médica, que não foi identificada, publicou nas redes sociais algumas mensagens sobre o procedimento, mencionando a idade da menina e dizendo que, “como cristã”, questionava o procedimento.
Após repercussão do caso na própria rede, ela apagou a postagem inicial, mas afirmou: “Só não posso dizer que achei tudo de boa e que foi super tranquilo, porque não foi. Foi pesado. Chorei escondida, pensando em todas as mazelas envolvidas: uma menina vítima de uma crime, uma gestação não desejada, um bebê morto que foi pro lixo”.