(Agência Saúde, 16/03/2016) Já foram investigados e classificados 2.212 casos, sendo 863 confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central. Outros 1.349 casos foram descartados.
O Ministério da Saúde e os estados investigam 4.268 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Isso representa 65,9% dos casos notificados. O novo informe divulgado nesta quarta-feira (16) aponta, também, que 2.212 casos foram investigados e classificados, sendo 1.349 descartados e 863 confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.
Os dados apresentados no informe seguem a Convenção Internacional para Distribuição dos dados epidemiológicos por Semana Epidemiológica, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são contadas de domingo a sábado. Ao todo, 6.480 casos suspeitos de microcefalia foram notificados desde o início das investigações no dia 22 de outubro do ano passado e registrados até 12 de março. Esse número reúne tanto as notificações que preenchiam as definições dos protocolos anteriores, como as notificações com os novos parâmetros adotados desde o dia 9 de março, que definiu o perímetro cefálico igual ou inferior a 31,9 cm para meninos e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm, para identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia.
Os 863 casos confirmados ocorreram em 327 municípios, localizados em 19 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Já os 1.349 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.
Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
A região Nordeste concentra 79,5% dos casos notificados, sendo que Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação (1.226), seguido dos estados da Bahia (622), Paraíba (419), Rio de Janeiro (296), Rio Grande do Norte (277), Ceará (263), Maranhão (149), São Paulo (149),Tocantins (111), Mato Grosso(107) e Alagoas (104).
Ao todo, foram notificados 182 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 40 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 124 continuam em investigação e 18 já foram descartados.
Do total de casos de microcefalia confirmados, 97 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de microcefalia.
Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 23 unidades da federação: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
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