(Rádio ONU, 01/03/2016) Apelo é da diretora-executiva da ONU Mulheres; Phumzile Mlambo-Ngcuka pede que homens apoiem parceiras grávidas; ela lembra que milhares de casos de microcefalia no Brasil ainda estão sendo estudados.
As mulheres devem estar no centro da resposta ao zika vírus, na opinião da diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
A ONU Mulheres está trabalhando com a Organização Mundial da Saúde, OMS, no combate à epidemia. A diretora da agência quer garantir que os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres estejam no centro das políticas de resposta ao surto.
Brasil
Segundo Phumzile, pelo menos 52 países já foram afetados pelo zika, a maioria dos casos registrados no Brasil e na Colômbia. No estado da Bahia, 65% dos pacientes são mulheres.
Sobre a microcefalia, a diretora da ONU Mulheres lembra que a OMS e cientistas estão estudando o aumento dos casos e a relação com o zika. Outro foco das pesquisas é saber se o vírus pode mesmo ser transmitido durante relações sexuais.
Gravidez
Enquanto mais de 580 casos de microcefalia foram confirmados no Brasil, outros 4 mil continuam sendo investigados.
A OMS recomenda às mulheres o uso de repelentes e de acompanhamento médico para as grávidas ou para as que planejam engravidar. E a agência lembra: ficar grávida é uma decisão pessoal que precisa ser respeitada, mesmo durante o surto de zika.
A chefe da ONU Mulheres diz que as moradoras do Brasil precisam de informações claras sobre como se proteger da infecção e de uma gravidez indesejada.
Phumzile defende o acesso a contraceptivos e a serviços de saúde reprodutiva – especialmente na América Latina, região onde mais de 50% das gravidezes não são planejadas.
Phumzile Mlambo-Ngcuka destaca: os homens têm um papel vital para evitar uma gravidez, para apoiar a decisão da mulher grávida e para ajudar nos cuidados com a criança.
Leda Letra
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