(O Estado de S. Paulo) Grupo que reúne o Brasil e mais seis países iniciará em 2011 testes com uma variação do antirretroviral ritonavir. Ao contrário do medicamento clássico, a variação a ser testada não precisa ser guardada na geladeira, o que facilitará a conservação do remédio.
Feita com matéria-prima da China e de laboratórios particulares brasileiros, o ritonavir termoestável está sendo desenvolvido na Fundação Oswaldo Cruz com uma nova tecnologia.
“É um esforço conjunto. Uma vez verificada a segurança do produto, o Brasil repassará a tecnologia para os demais países do bloco”, afirmou Eloan Pinheiro, consultora do Ministério da Saúde e coordenadora do projeto do desenvolvimento da droga.
Atualmente, o governo brasileiro gasta R$ 11,45 milhões por ano na compra do remédio, usado por 38.650 pacientes.
Essa rede de cooperação tecnológica em Aids -da qual também fazem parte Tailândia, Rússia, Ucrânia, Argentina, Cuba e China- pretende desenvolver mais remédios e também kits de diagnóstico e outros produtos essenciais para a prevenção e tratamento de Aids. “Queremos somar esforços. Cada um entra com o que sabe fazer. A Tailândia pode ajudar no desenvolvimento de combinações de drogas pediátricas. A Rússia pode colaborar com kits de diagnóstico”, disse Eloan.