(Agência Patrícia Galvão, 03/08/2016) O zika vírus ganhou relevância no debate público e em fevereiro foi considerado uma emergência global pela Organização Mundial da Saúde, em função da associação entre a presença do vírus em gestantes e a síndrome congênita em recém-nascidos, cuja manifestação mais evidente em um primeiro momento era a microcefalia.
Embora as mulheres estejam no centro da epidemia de zika, suas demandas e direitos estão fora do foco principal do debate público. Ante essa lacuna e a urgência na garantia de direitos, o Instituto Patrícia Galvão realizou duas pesquisas de opinião – uma qualitativa e outra quantitativa – para mapear como as mulheres grávidas têm lidado com o vírus zika, buscando trazer suas perspectivas para o centro da discussão sobre as políticas públicas de saúde, planejamento familiar e saneamento básico.
A pesquisa quantitativa, realizada em julho pelo Instituto Patrícia Galvão, em parceria com o aplicativo BabyCenter e o instituto de pesquisa Locomotiva, obteve respostas de 3.155 usuárias que se encontravam grávidas ao responder o questionário. O projeto contou com apoio da ONU Mulheres e da Fundação Ford.
Lançada no dia 02 de agosto, na Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ), as pesquisas repercutiram na imprensa brasileira e trouxeram a voz das mulheres neste momento de emergência pública de saúde no Brasil e no mundo. Acompanhe a repercussão:
EBC Rádios –
Zika: falta de informação gera insegurança em grávidas
Nações Unidas –
Pesquisa apoiada pela ONU Mulheres mostra insatisfação com falta de exames sobre zika
O Globo –
Pesquisa retrata a gravidez nos tempos de vírus zika
Agência Brasil –
Mulheres querem mais e melhores informações sobre a zika, diz pesquisa
ONU Mulheres Brasil –
90% das grávidas querem testes para saber se tiveram zika; 52% demandam maior acesso a ultrassons
O Globo –
Quase 80% das grávidas acreditam que, quando há epidemia, governo culpa a população
M de Mulher –
Gravidez e zika vírus: com medo e pouca informação, 90% das mulheres querem mais exames