Número de crianças infectadas pelo HIV caiu 40% em quatro anos, afirma Unicef

01 de dezembro, 2014

(Opera Mundi, 01/12/2014) Os esforços para eliminar a transmissão vertical – a partir da mãe para o feto no útero ou para o recém-nascido durante o parto – estão se intensificando, diz um relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgado por conta do Dia Mundial de Luta contra a Aids, comemorado nesta segunda-feira (01/12). De acordo com o estudo, o número de novas crianças infectadas caiu 40% em 2013 com relação a 2009.

O objetivo da data é alertar as populações quanto à necessidade de prevenção e precaução contra o vírus, que é a primeira causa de mortalidade na África e a quarta no mundo.

Mapa mostra quantidade de pessoas vivendo com HIV no mundo, de acordo com os tons de vermelho; não há dados para os países em cinza

A OMS, por sua vez, aponta como responsável pela queda no contágio de crianças e bebês o fato de que, apesar de o número de mulheres grávidas portadoras do vírus ter se mantido estável desde 2009, a proporção das que recebem tratamento antirretroviral aumentou. Atualmente, 67% dessas mulheres recebem o devido tratamento para prevenir a transmissão para os filhos.

Por outro lado, o número de mulheres jovens que têm contraído a doença preocupa a organização mundial. A cada hora, 50 novas mulheres são infectadas pelo vírus, de acordo com a ONU. De acordo com o levantamento, desigualdades e violência de gênero são os maiores desafios para reverter a alta incidência de infecção entre mulheres e garotas. No sul e oeste da África, mulheres jovens têm duas vezes mais chances de contrair o vírus do que os homens da mesma faixa etária.

Na África do Sul, mulheres jovens entre 15 e 24 anos representam um quarto das novas infecções e 14% do total de 6,4 milhões de pessoas vivendo com HIV. A probabilidade de uma jovem nesta faixa etária contrair o vírus é quatro vezes maior do que de homens, de acordo com um estudo sobre prevalência do vírus na África do Sul.

Os abusos sexuais representam 30% da origem dos contágios e estão entre as causas mais relevantes da prevalência desta doença entre as mulheres, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids).

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“As mulheres jovens são particularmente vulneráveis ao sexo não consentido e cada vez mais representam uma maior porcentagem das novas infecções”, segundo a ONU.

A maior parte dos infectados no mundo vive na África Subsaariana, o que representa 60% dos novos casos diagnosticados no grupo de população com menos de 24 anos.

Dados da ONU mostram que, em 2013, 35 milhões de pessoas viviam com o HIV, 2,1 milhões de pessoas foram infectadas com o vírus e 1,5 milhão de pessoas morreram em decorrência da Aids.

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