ONU pede que Brasil descriminalize aborto e denuncia assédio contra médicos

Ativistas marcham no centro do Rio de Janeiro pela legalização do aborto na América Latina_Vida_Mulheres_Direitos_Políticas públicas_Foto_ Mídia Ninja

Ativistas vão às ruas do centro do Rio de Janeiro em marcha pela legalização do aborto na América Latina.

15 de maio, 2023 Uol Por Jamil Chade

Numa recomendação ao governo brasileiro, os órgãos da ONU que lidam com a tortura pedem que o país faça uma reavaliação de suas políticas de saúde sexual e reprodutiva, assim como de seu Código Penal. A entidade sugere que o aborto seja descriminalizado no Brasil e alerta para as altas taxas de mortalidade materna, principalmente na população mais vulnerável. As recomendações fazem parte das conclusões do Comitê da ONU contra a Tortura que, depois de escutar a avaliação do governo brasileiro e receber informes da sociedade civil, publicou nesta sexta-feira suas recomendações ao país.

Segundo a entidade, há uma preocupação sobre: A alta taxa de mortalidade materna, em particular entre as mulheres afro-brasileiras, indígenas e quilombolas; A contínua criminalização do aborto, exceto em casos de estupro, ameaça à vida da mãe ou feto anencefálico, o que faz com que muitas mulheres e meninas recorram a abortos clandestinos e inseguros que colocam suas vidas e saúde em risco; O fato de que mulheres e meninas que buscam acesso a contraceptivos e abortos legais são supostamente submetidas a assédio, violência e criminalização, juntamente com os médicos e outras equipes médicas que prestam esses serviços a elas; Práticas obstétricas indignas e violentas vivenciadas por mulheres afro-brasileiras durante a prestação de serviços de saúde sexual e reprodutiva.

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