Piauí já realizou 200 testes do Zika vírus em recém-nascidos e gestantes

01 de abril, 2016

(G1/PI, 01/04/2016) Laboratório Central do Estado recebeu autorização do Ministério da Saúde.
Diagnóstico antes dependia de outro estado e demorava 50 dias para chegar.

Desde o início de março, o Laboratório Central do Estado (Lacen) conquistou a autorização do Ministério da Saúde para fazer testes rápidos do Zika vírus em gestantes e recém-nascidos. Em apenas um mês, 200 exames foram realizados no Piauí e o diagnóstico, que antes dependia de outro estado e demorava mais de um mês para chegar, agora é entregue em apenas cinco dias.

Com o teste agora disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) do estado, erros nos diagnósticos de gestantes com sintomas do vírus causador da microcefalia devem diminuir. Assim espera a costureira Mara Célia, que no sexto mês de gravidez apresentou sintomas parecidos com a zika, chikungunya e dengue.

“Fui para o hospital e lá falaram que era chikungunya e por isso a gravidez seria de risco. Quando a minha filha nasceu descobriram a microcefalia, provocada pelo Zika vírus”, revelou.

A diretora técnica do Lacen, Gildevane Nascimento, explica que a prioridade para realização do exame rápido é de gestantes com sintoma de zika. “Ela tem que apresentar exantema, ser gestante, ter o encaminhamento médico e com a ficha de investigação do Zika vírus”, disse.

Para a infectologista Elna Amaral, o diagnóstico precoce ainda não pode impedir que o bebê desenvolva a microcefalia, mas pode direcionar mais cedo a mãe para o atendimento especializado.

“A partir deste diagnóstico precoce, a mãe pode ser encaminhada mais adequadamente para um suporte melhor e para que o bebê venha ter o minímo de sequelas desta alteração”, informou Elna Amaral.

Falta de kits

A falta dos kits de teste rápido foi denunciada pelo G1 no dia 24 de fevereiro. Na época, o diretor de Vigilância da Sesapi, Herlon Guimarães, informou que os exames estavam em falta desde outubro de 2015 no estado. Com a situação, os pacientes que chegam ao hospital com a suspeita destas doenças eram obrigados a fazer o exame sorológico comum, o qual leva alguns dias para disponibilizar o resultado.

Outro problema era a ausência de um laboratório especializado para realização dos exames. De acordo com o diretor de vigilância, a única clínica do estado preparada para realizar os testes aguarda autorização do Ministério da Saúde, enquanto isso, o material coletado de zika vírus e microcefalia no Piauí era enviado para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e o paciente aguardava até seis meses por um resultado.

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