Prefeitura de SP é investigada por acesso a dados sigilosos de aborto legal

Manifestação pela descriminalização do aborto na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Manifestação pela descriminalização do aborto na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

06 de maio, 2024 Agência Pública Por Amanda Audi

Inquérito apura violação de informações de pacientes que fizeram o procedimento no Hospital Vila Nova Cachoeirinha

A Polícia Civil paulista começou a investigar o acesso pela prefeitura de São Paulo a dados sigilosos de pacientes que fizeram  aborto legal no Hospital Vila Nova Cachoeirinha entre os anos de 2020 e 2023.

O inquérito policial para apurar violação de segredo profissional, por parte da prefeitura, foi aberto em fevereiro deste ano, de acordo com o  Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O processo corre em segredo de justiça.

A Secretaria de Saúde copiou os prontuários dos pacientes com a justificativa de que teriam ocorrido irregularidades no serviço de aborto legal do hospital. A Agência Pública já mostrou que, na verdade, não houve nenhuma denúncia sobre a unidade desde 2019.

Os dados dos prontuários são sigilosos e só poderiam ser acessados pelos próprios pacientes ou por ordem judicial – o que não ocorreu. As informações ainda teriam sido repassadas à Secretaria de Segurança Pública, o que suscita o temor de que profissionais de saúde e pacientes sejam alvos de investigações criminais.

O MP-SP foi acionado em janeiro deste ano pelo mandato da deputada federal Sâmia Bomfim, pela deputada estadual Mônica Seixas, do mandato coletivo Pretas, e pela vereadora Luana Alves, todas do PSOL de São Paulo.

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