(Rádio ONU, 14/11/2014) Um estudo da Comissão Econômica da ONU para América Latina e Caribe, Cepal, revela que quase 30% das jovens na região foram mães antes de completar 20 anos de idade.
A maioria pertence aos níveis mais desfavorecidos da sociedade, o que segundo a Cepal, promove a reprodução da pobreza entre gerações e compromete a autonomia feminina.
Prevenção
Para a Comissão, o índice deixa clara a necessidade de incluir a educação sexual e os serviços de saúde reprodutiva na agenda de políticas públicas, incluindo o fornecimento de métodos contraceptivos.
A porcentagem reflete o número de mães entre 15 a 19 anos na comparação com o total de mulheres desta idade. Em 2000, 32% dessas jovens já eram mães, índice que caiu para 28% em 2010, mas fica próximo dos níveis existentes em 1990.
Brasil
Os países com as maiores proporções de maternidade entre garotas de 15 e 19 anos são a Nicarágua, com quase 20%, República Dominicana e Equador. No Brasil, o índice é de quase 12%. Já as nações da região com os níveis mais baixos são Uruguai, com 9,5%, Costa Rica e Peru.
A Cepal destaca que todas as nações da América Latina e Caribe têm níveis muito acima dos registrados na Europa Ocidental, onde a maternidade na adolescência está na ordem de 2%.
Depois da África Subsaariana, a região é a segunda com a menor queda da fecundidade entre adolescentes, índice que caiu 13% nos últimos 20 anos.
Leda Letra
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