Série Encontros O GLOBO reúne especialistas para debater DSTs

10 de abril, 2016

(O Globo, 10/04/2016) Palestras na próxima quarta-feira abordarão doenças como sífilis, hepatite, HIV e HPV

Enfermidades conhecidas de longa data e que o Brasil chegou a combater com pioneirismo, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) continuam sendo um grave problema de saúde pública no país. Nos últimos anos, houve aumento na incidência dos vírus HIV (Aids), HPV (relacionado a tumores, inclusive o de colo do útero), de gonorreia, sífilis, hepatite, herpes e clamídia, especialmente entre a população jovem. E é este o tema do próximo debate da série Encontros O GLOBO Saúde e Bem-estar, na quarta-feira, dia 13, às 17h, na Casa do Saber O GLOBO.

Coordenado pelo cardiologista Cláudio Domênico, o evento terá como palestrantes Alberto Chebabo, infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, e Cláudia Jacyntho, PhD em Tocoginecologia pela Unicamp e membro titular da Academia de Medicina do Rio de Janeiro.

— Queremos levar o alerta à população de que doenças antigas, como a sífilis, estão voltando. E outras mais novas, como o vírus HPV, não estão sendo corretamente prevenidas porque, embora a vacina do HPV seja gratuita para meninas de 9 a 13 anos, muitas só tomam a primeira dose, e deixam de tomar as outras duas doses — diz Domênico.

Há menos de um mês, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou uma orientação para que médicos de todo o país peçam exames de detecção de DSTs em seus pacientes. De acordo com o CFM, cerca de 25% dos casos de HIV, por exemplo, são diagnosticados quando o paciente já apresenta baixa contagem de linfócitos, o que significa que a doença provocou um estágio avançado de imunossupressão. A expectativa do conselho é de que, com a medida, mais pessoas sejam diagnosticadas antes disso.

MENOS INFECÇÕES DE AIDS

No entanto, nem todos os dados são pessimistas. Entre 2013 e 2014, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de novos casos de Aids e também o índice de transmissão de mãe para filho. O índice de óbitos provocados pela doença, porém, permaneceu estável, e o número de novos casos entre jovens de 15 a 24 anos aumentou 41% desde 2004, segundo um relatório divulgado em dezembro do ano passado pelo Ministério da Saúde.

Aumentou também a incidência de sífilis, especialmente a transmitida da mãe para o bebê. Esses casos duplicaram em comparação com 2009, e a taxa de mortalidade de bebês relacionada a isso quadruplicou. O principal tratamento é com penicilina, mas, segundo o governo, a substância estava em falta em 60% dos estados brasileiros no fim de janeiro.

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