(G1/Ciência e Saúde, 01/12/2015) Entre os países estão EUA, Canadá e Chile. Brasil progrediu, mas ainda não conseguiu eliminar a transmissão.
Dados de 17 países e territórios nas Américas, incluindo os Estados Unidos, Canadá e Chile, mostram que essas nações podem ter eliminado a transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta terça-feira (1º) é o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Esses países foram capazes de cortar a transmissão de mãe para filho do HIV ao melhorar o acesso das mulheres grávidas ao pré-natal, testes de HIV e tratamento antirretroviral, disseram a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da agência da ONU nas Américas.
O Brasil não faz parte dos países com dados que indicam a erradicação da transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis, segundo as organizações de saúde. O país aparece nos grupos de nações que fizeram progresso e estão próximas de eliminar, mas ainda não eliminaram a transmissão.
Os 17 países e territórios que possivelmente atingiram a eliminação, incluindo várias ilhas do Caribe, informaram “dados consistentes com a dupla eliminação” de HIV e sífilis. De acordo com os dados da Opas e da OMS, os nascimentos nesses países representam cerca de um terço de todos os nascimentos na região.
“Os países das Américas têm feito enormes esforços para reduzir a transmissão do HIV de mãe para filho, o que reduziu o número de novas infecções pela metade desde 2010”, disse Carissa Etienne, chefe da Opas/OMS, em um comunicado.
As organizações de saúde consideram que um país eliminou a transmissão das duas doenças de mãe para filho após um processo de validação que verifica se essas metas foram efetivamente alcançadas.
Em junho, Cuba se tornou o primeiro país do mundo a receber a validação da OMS de eliminação da transmissão do HIV e da sífilis de mãe para filho.
Ainda nas Américas, 2.500 crianças nasceram no ano passado com o HIV, o vírus que causa a Aids, de acordo com a Opas/OMS.
Garantir que as mulheres grávidas obtenham testes de HIV e tratamento antirretroviral, caso sejam soropositivas, é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para filho.
Se não forem tratadas, as mulheres HIV positivas têm um risco de 15 a 45 por cento de transmitir o vírus para seus bebês durante a gravidez, parto ou amamentação, observam as entidades.
Estima-se que 2 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe estejam vivendo com o HIV, e que houve cerca de 100 mil novas infecções por HIV na região no ano passado.
Segundo a Opas/OMS, a maioria dessas infecções se deu em adultos, principalmente homens homossexuais, homens transgêneros e prostitutas e seus clientes.
Cerca de 30 por cento das pessoas que vivem com HIV na América Latina e no Caribe não sabem que são HIV positivas.
“Se queremos acabar com o HIV em 2030, precisamos acelerar as ações de prevenção e acesso ao tratamento, com foco em populações-chave, e aumentar o investimento e recursos”, disse Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas/OMS.
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