Vamos falar sobre isso? Audiência Pública do Senado Federal debate prevenção, cura e reconstrução mamária

28 de outubro, 2015

(Senado Federal, 28/10/2015) Em alusão a campanha Outubro Rosa, aconteceu ontem, 27, na 13ª audiência pública da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher, um debate sobre “Prevenção, cura e reconstrução mamária: um direito que não pode ser violado”. Apoiado pela Procuradoria da Mulher do Senado Federal e pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, a discussão foi presida pela deputada Moema Gramacho (PT-BA), que enfrentou em 2008, com força e alto astral um câncer de mama.

Moema falou sobre sua experiência com a doença e sobre sua preocupação com outras mulheres, “não temos que esperar que as mulheres procurem o hospital para fazerem o exame de mamografia, temos que ir atrás daquelas que fazem parte do grupo de risco, assim reduziremos o número de mamografias e trataremos mais mulheres”, afirmou. A deputada ainda chamou a atenção para a importância de fazer, além da mamografia, a biopsia, “a biopsia é necessária para fechar o diagnóstico e resolver o problema. Nós precisamos falar sobre isso”.

A oncologista e vice-presidente da Associação de Apoio a Pessoa com Câncer (AAPC), Luci Ishi, levantou a questão do diagnóstico precoce, “quanto mais cedo diagnosticarmos, mais brando será o tratamento e menos dinheiro será gasto. O câncer, quando descoberto em estágio avançado, precisa de muitos recursos para ser tratado. Logo, se trabalharmos no diagnóstico precoce poderemos aplicar esse dinheiro melhor”, concluiu.

No Brasil estima-se que menos de 10% das mulheres com câncer de mama tem a oportunidade de fazer uma reconstrução mamária, para o cirurgião plástico do Hospital Sírio-Libanês, Marcelo Sampaio, é importante que exista espaço tanto para a mastectomia, quanto para a reconstrução, “no Sírio-Libanês temos um espaço público-privado, resultado de um acordo feito com o estado de São Paulo, onde em 95% dos casos é feita a retirada e a reconstrução da mama no mesmo dia, ou seja, é possível que seja feito dois procedimentos em uma cirurgia”, destacou.

A Comissão que é presidida pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS), e tem como relatora a deputada Luizianne Lins (PT-CE) e vice-presidente a deputada Keiko Ota (PSB-SP), também contou com a participação da médica mastologista, Maria Aparecida Pereira; dos integrantes do projeto “De Peito Aberto” Vera Golik e Hugo Adolfo Lenzi, e da representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres e do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Stella Ribeiro da Matta.

Entre os parlamentares estavam as senadoras Ana Amélia (PP-RS), Regina Sousa (PT-PI) e Marta Suplicy (PMDB-SP); os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lasier Martins (PDT-RS); as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ), Josi Nunes (PMDB-TO), Soraya Santos (PMDB-RJ), Christiane Yared (PTN-PR), Carmen Zanotto (PPS-SC) e Conceição Sampaio (PP-AM).

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