(Marie Claire, 21/08/2014) As mulheres são as principais vítimas do vírus ebola, segundo informou a ministra de gênero e desenvolvimento da Libéria, Julia Duncan-Cassell, ao jornal “Washington Post”.
Cerca de 75% dos infectados são do sexo feminino porque em geral foram elas que deram os primeiros cuidados aos mais de 1200 doentes que morreram em decorrência do vírus em Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria e em regiões do oeste da África.
Duncan-Cassell afirmou que uma força tarefa médica na Libéria foi quem notou a desproporcionalidade de gênero entre os infectados. “As mulheres são cuidadoras. Se uma criança está doente, dizem: ‘vá para sua mãe’.A maior parte da vezes em que há morte na família, é a mulher quem prepara o funeral, geralmente uma tia ou uma parente mais velha”, contou.
Suafiatu Tunis, líder do Comitê Social de Mobilização do Ebola, disse ao jornal “The Independent” que na região é comum mulheres cuidarem dos parentes doentes, o que aumenta o risco de contágio.
No oeste da África, são elas quem tradicionalmente cuidam do nascimento de bebês, trabalham como enfermeiras e faxineiras em hospitais.
O vírus é transmitido pelo contato direto com fluídos corporais, transformando os hospitais no provável principal local de contaminação, informou o jornal.
De acordo com a porta-voz da Organizção Mundial da Saúde na Libéria, Maricel Seeger, é crucial alcançar as mulheres e conscientizá-las sobre a doença, pois elas têm papel importante em trasmitir informações em suas comunidades.
“Ao alcançar as mulheres, eles estão alcançado aqueles que melhor podem proteger suas família e sua saúde”, ressaltou.
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