(Assembleia Legislativa de Rondônia) Ao proferir palestra durante audiência pública na Assembleia Legislativa no último dia 7 de agosto, a ativista feminista negra, Rejane Soares, denunciou que a política para a mulher não é prioridade em lugar do país. “Infelizmente, a política para a mulher não é prioridade para nenhum Governo. E tem mais: as políticas partidárias acabam emperrando as ações, mesmo que tímidas, de promover políticas específicas para a mulher”, declarou.
Rejane Soares é coordenadora e idealizadora do Coletivo de Mulheres Negras Feministas da Amazônia (Cnegra) e membro da Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência do Estado do Amapá (RAM).
“Aqui na audiência pública, percebi que em Rondônia não temos uma secretaria específica para a mulher, nem ao menos uma coordenadoria. É preciso construir uma política que tenha a cara, o jeito, as necessidades da mulher”, afirmou. Ela defendeu o respeito e a liberdade da mulher, para poder agir na sociedade com altivez e dignidade. “Eu tenho orgulho de ser mulher, negra e faço questão de ser chamada negra linda”, afirmou.
Rejane Soares observou que na audiência pública, estiveram presentes diversas autoridades, mostrando que o movimento está sofrendo uma mudança. “Antes, era movimento falando para movimento. Hoje, mostrando a força da mulher, as autoridades estão prestando mais atenção aos nossos pleitos. É preciso que as mulheres saibam de sua força e cobrem dos políticos políticas para atender as nossas necessidades”, completou. Ao final, ela cobrou que o Governo do Estado instale uma secretaria para a mulher.