(R7) “Embora os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 5 abranjam a redução da mortalidade materna e a melhoria da saúde sexual e reprodutiva, cada ODM tem um impacto sobre a saúde da mulher: erradicação da pobreza, igualdade de gênero, redução da mortalidade infantil, HIV/AIDS, tuberculose e malária”, comentou o Professor Sir Sabaratnam Arulkumaran, presidente eleito da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), apresentando o Relatório Mundial sobre a Saúde da Mulher no Congresso Mundial de Ginecologia e Obstetrícia da FIGO2012, em Roma, Itália.
O Relatório é uma visão geral das principais áreas dentro da saúde global materna e reprodutiva da mulher. “O objetivo do relatório de 2012, “Melhoria da Saúde das Mulheres”, é se concentrar sobre essas questões mais amplas, ampliando o foco para os profissionais além das tradicionais funções básicas de obstetrícia”, disse ele.
Os ODM5 da Organização das Nações Unidas – “Melhorar a saúde materna” definem duas metas: reduzir a taxa de mortalidade materna (TMM) em 75% entre 1990 e 2015 e alcançar o acesso universal à saúde reprodutiva. Embora os resultados demonstrem uma redução da mortalidade materna, as taxas em muitos países até a presente data não são o que se esperava. De acordo com o relatório “Tendências da Mortalidade Materna: 1990-2010”, recentemente divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Fundo Populacional das Nações Unidas (UNFPA) e Banco Mundial, estima-se que 287.000 mortes maternas ocorreram em 2010 no mundo, um declínio de 47% em relação aos níveis de 1990. A TMM em 2010 foi de 210 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos, contra 400 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos em 1990. A TMM em regiões em desenvolvimento (240) era 15 vezes maior do que em regiões mais desenvolvidas (16).
“As atividades médicas que precisam ser implementadas para prevenir a mortalidade e morbidade maternas são conhecidas, mas o progresso global não pode ser alcançado a menos que políticas eficazes sejam introduzidas por governos que permitam que as mulheres tenham acesso a esses cuidados,” o professor Arulkumaran explicou. “O Relatório Mundial FIGO 2012 sobre o tema da melhoria da saúde das mulheres fornece informações suficiente para permitir que todos possam tomar medidas em nível individual, institucional e profissional. Uma única organização ou governo não pode realizar essas tarefas. Além da cooperação global de organizações parceiras, cada um de nós deve assumir alguma responsabilidade para melhorar a saúde das mulheres”, concluiu.
Acesse em pdf: Relatório Mundial FIGO 2012: Melhoria da Saúde das Mulheres (R7 – 08/10/2012)