(Folha de S. Paulo) O diretor e ator Wolf Maya, da TV Globo, foi condenado pelo crime de injúria com conotação racial contra um técnico de iluminação que trabalhou em uma de suas peças. De acordo com a sentença, Maya chamou Denivaldo Pereira da Silva de “preto fedorento que saiu do esgoto com mal de Parkinson”.
A condenação, em primeira instância, foi definida pelo juiz Abelardo de Azevedo Silveira, da 2ª Vara Criminal de Campinas, que substituiu a pena de prisão de dois anos e dois meses pelo pagamento de indenização no valor de 20 salários mínimos (R$ 10,9 mil ao todo) mais um período de trabalho comunitário a ser definido pela Vara de Execuções Penais. A defesa já recorreu.
“Foi uma longa batalha para que o ato racista de uma pessoa importante como o senhor Wolf Maya não ficasse impune. São quase 11 anos, mas nunca desistimos de demonstrar que ninguém tem o direito de discriminar o outro”, disse o advogado Sinvaldo José Firmo, do Instituto do Negro Padre Batista, que auxiliou o técnico de iluminação.