(O Estado de S. Paulo) O Ministério Público Federal (MPF) de Minas investiga denúncia de discriminação racial no videoclipe da música Kong, do cantor e compositor Alexandre Pires. O artista já prestou depoimento no processo, que foi aberto em fevereiro deste ano, e os fatos seguem em apuração. Segundo a Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, “o vídeo usa clichês e estereótipos contra a população negra” e “reforça estereótipos equivocados das mulheres como símbolo sexual”. O caso foi levado ainda à Polícia Federal e à Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal.
Procurado pelo Estado, o assessor de imprensa do cantor, Rogério Lopes, disse que eles não vêm a música como preconceituosa. “Está disponível na internet e no YouTube e não temos como impedir sua divulgação. Mas, caso a Justiça solicite, teremos de deixá-la indisponível”, afirmou. Procurado, o Ministério Público Federal afirmou ainda não ter posição sobre o caso. – MP investiga denúncia de discriminação racial em videoclipe de Alexandre Pires (O Estado de S. Paulo – 10/05/2012)
(UOL) “É preciso considerar que a figura do macaco tem sido, historicamente, a mais utilizada para inferiorizar, desumanizar a pessoa negra, particularmente o homem. É disto que se trata o racismo – de desumanização”, afirmou a ministra à reportagem do UOL’ – Para ministra, tom de brincadeira em clipe supostamente racista “só agrava a situação” (UOL – 10/05/2012)
(Seppir) A Coordenadoria de Comunicação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) emitiu nota informando que: “Em função de entendimentos diversos acerca dos procedimentos da Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial em relação ao videoclipe Kong, informamos que este órgão recebe e encaminha denúncias de preconceito e discriminação com base em etnia ou cor, conforme artigo 51 do Estatuto da Igualdade Racial.” – Nota Informativa da Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial (Seppir – 09/05/2012)
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