(Terra/UOL) Segundo o estudo “Dinâmica Demográfica da População Negra Brasileira”, divulgado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a taxa de fecundidade do Brasil tem caído, mas a população negra continua a ter mais filhos que a branca. Enquanto para as mulheres negras a taxa de fecundidade total (número médio de filhos por mulher ao final da vida reprodutiva) passou de 2,7 filhos para 2,1, entre as brancas ela caiu de 2,2 para 1,6, entre 1999 e 2009.
Papel da mulher
Os dados mostram também que há uma proporção maior de mulheres negras que chefiam domicílios, principalmente com filhos. Para o Ipea, isso possui uma certa relação com a participação feminina no mercado de trabalho, pois passaram a contribuir com a renda das famílias.
No entanto, a mulher continua como a principal responsável pelo cuidado doméstico. A proporção de mulheres negras ocupadas que se dedicavam a afazeres domésticos em 2009 foi de 91,0% e a de homens, 48,5%. Entre a população branca, as proporções comparáveis foram de 88,1% e 50,6%, respectivamente.
Mais expressivas ainda foram as diferenças no número médio de horas trabalhadas em afazeres domésticos. As mulheres negras ocupadas despendiam, em média, 22 horas semanais e os homens, 9,8. Já as mulheres brancas passavam 20,3 horas e os homens, 9,1, o que sugere uma relação de gênero mais desigual entre as negras.
Leia na íntegra:
Ipea: negros passam a ter mais filhos do que brancos no País (Terra – 12/05/2011)
Mais brasileiros se assumem negros, diz Ipea (UOL – 12/05/2011)