(Jornal de Brasília) As empresas são mais propensas a conceder horários flexíveis para homens do que para mulheres, seja qual for o nível hierárquico delas na companhia. Esse é o resultado de um estudo de pesquisadores da Escola de Negócios de Yale, da Universidade do Texas em Austin e da Escola de Negócios de Harvard.
“Os trabalhadores que mais necessitam de flexibilidade estão entre os menos propensos a receber o benefício de seus gestores”, diz em comunicado Victoria Brescoll, professora de comportamento organizacional em Yale.
FLEXIBILIDADE
Para estudar as circunstâncias em que os gestores estão dispostos a conceder a seus empregados horários de trabalho flexíveis, os pesquisadores pediram para que eles analisassem situações de funcionários solicitando uma mudança no horário de trabalho. As situações variavam entre o empregado ser homem ou mulher, ter um cargo alto ou baixo e pedir o benefício para cuidar da família ou fazer cursos de aperfeiçoamento.
Os pesquisadores também examinaram as expectativas e preocupações dos trabalhadores ao pedir um horário de trabalho flexível. Eles descobriram que os funcionários não conhecem os preconceitos dos gestores para tomar esse tipo de decisão.
mulheres em cargos de alto escalão solicitando mudanças de horário para fazer cursos eram as que mais consideravam que seus pedidos seriam aceitos. Já os homens em empregos de status elevado nas empresas eram os que menos acreditavam que iriam receber um “sim”.
FORÇA FEMININA
Entre as empresas escolhidas pela pesquisa Great Place to Work, metade da força de trabalho é feminina. O ranking é feito a cada ano desde 1997. Na primeira vez, notou-se que, entre as organizações que foram consideradas as melhores, apenas 25% da mão de obra era feminina. Esse percentual foi aumentando e, em 2013, chegou a 50%. O aumento pode não ter sido uma coincidência: em 35% das empresas do ranking há políticas para possibilitar a ascensão profissional de mulheres.
Um outro número que subiu de 1997 para cá foi o das mulheres em cargos de gestão. Há 17 anos, 11% desses postos eram de executivas mulheres. Isso aumentou 30 pontos percentuais e chegou a 41% em 2013.
Acesse o PDF: Nem tão frágeis assim (Jornal de Brasília, 18/08/2013)