(Folha de S.Paulo/iG) A cantora e atriz Thalma de Freitas foi abordada e revistada por dois policiais na noite da última sexta-feira, na zonal sul do Rio de Janeiro. Mesmo não sendo encontrado nada entre seus pertences, a atriz foi levada para a delegacia na viatura de apoio. Já na delegacia, Thalma aguardou mais de quatro horas pela chegada de uma polícial feminina, que realizou uma revista corporal que também não encontrou nada que a incriminasse.
Na Delegacia do Leblon, a atriz registrou queixa por abuso de autoridade. A Polícia Militar informou que foi determinada a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias da abordagem que envolveram Thalma de Freitas. Segundo a PM, os dois policiais que participaram da abordagem foram afastados do trabalho nas ruas até o fim das investigações.
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, pediu desculpas pessoalmente à atriz pelo abuso de autoridade cometido pelos dois policiais militares no dia anterior.
Deu na coluna de Mônica Bergamo:
“BOCA NO TROMBONE
A atriz Thalma de Freitas afirma não poder provar que os policiais que a encaminharam a uma delegacia no Leblon, na sexta, no Rio, tenham sido racistas. “O policial disse que era negro. Mas policial negro também age como racista. O racismo está implícito nas atitudes da polícia”, diz. “Só sei que eu e uma garota loira fomos paradas pela polícia. Mas só eu fui pra delegacia.”
BOCA NO TROMBONE 2
Ela, que foi abordada pelos policiais quando saía a pé da casa de uma amiga, no bairro do Vidigal, diz que o preconceito contra negros “nunca irá retroceder”. “O racismo é uma doença social que foi plantada na cabeça das pessoas. Nunca vou me vitimizar, me sentir ofendida. Racista nenhum vai tirar minha dignidade.”
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