(Agência Brasil) Estudo divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) mostra que os índices de maternidade precoce na América Latina são maiores entre as jovens afrodescendentes do que no restante da população jovem. De acordo com o relatório Juventude Afrodescendente na América Latina: Realidades Diversas e Direitos (des)Cumpridos, no Equador, 23% das jovens afrodescendentes com idade entre 15 e 19 anos eram mães em 2001, enquanto no restante da população jovem do país o índice chegava a 16%.
Jovens que frequentaram pouco a escola representam a maioria dos casos de maternidade precoce na América Latina – sobretudo jovens afrodescendentes com menos de cinco anos de estudo. A taxa de maternidade no grupo varia de 21% e 37% na região. Já entre as jovens com maior escolaridade, os índices variam de 5% a 11%.
O documento, elaborado pelo Unfpa e pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), apresenta um panorama regional das juventudes afrodescendentes, destacando os perfis demográficos e socioeconômicos dos jovens e a importância de proporcionar sua inclusão na sociedade em geral.
Com base em informações de organizações afrodescendentes, o relatório aponta que esses jovens vivem uma “exclusão tripla”: étnica, por serem afrodescendentes; de classe, por serem pobres; e de geração, por conta da idade. As jovens ainda enfrentam uma quarta exclusão: a de gênero.
Leia na íntegra: Maternidade precoce na América Latina é maior entre jovens afrodescedentes (Agência Brasil – 18/11/2011)
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