(Terra/Jornal da Band/A Tarde/Portal Geledés/Vermelho/Funag) O reconhecimento dos avanços no combate ao racismo e a necessidade de ampliar ainda mais as conquistas dos últimos dez anos fizeram parte dos debates no Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, Afro XXI, evento que reuniu chefes de Estados, ministros, diplomatas, ativistas e artistas de 16 a 19 de novembro em Salvador. O principal objetivo do encontro foi debater estratégias para o avanço da igualdade e o fortalecimento da causa antirracista.
Reconhecimento à ministra e ao trabalho da Seppir
“Era a abertura do Encontro Iberoamericano do Ano Internacional dos Afrodescendentes realizando-se em Salvador, Bahia. No grande auditório, mais de duas mil pessoas, negr@s principalmente, mas também branc@s e indígenas. (…) a Ministra Luiza Bairros foi aplaudida de pé durante longos minutos por todas e todos. Eram mais de duas mil pessoas ovacionando a dirigente da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial antes mesmo que ela pronunciasse seu discurso. Uma recepção calorosa que dizia muito: era o reconhecimento de seus esforços frente à Seppir. Era também, e fundamentalmente, um forte recado, expresso em alto e bom som, para que a presidenta Dilma e algumas vozes descontentes da base do governo ouvissem: o Movimento negro brasileiro e seus aliados nos países ibero-americanos não estão dispostos a abrir mão da Seppir e tampouco de sua dirigente.” – Menin@s, eu (não) vi! por Jurema Werneck (Portal Geledés – 21/11/2011)
Para a deputada Epsy Alejandra Campell Barr, representante da Costa Rica, é inaceitável que ainda exista, por parte dos Estados, bloqueios à criação de variáveis que possam possibilitar às pessoas perceber as desigualdades sociais. “A implementação da Seppir, que considero uma conquista do movimento negro, é um avanço não apenas para o Brasil, mas para toda a região”, afirmou.
Como resultado do Encontro foram elaborados dois documentos, a Declaração e a Carta de Salvador, que contêm uma série de reivindicações e medidas para o enfrentamento do racismo e a preservação da herança cultural africana.
A Declaração de Salvador foi assinada pelos cinco chefes de Estado presentes e pelos delegados de outros 11 países que enviaram representantes à reunião. Dentre os destaques do documento estão a criação de um fundo internacional para ações de reparação aos afrodescendentes e combate ao racismo, além de instituir a cidade de Salvador como a Capital Afrodescendente da Ibero-América.
A Carta de Salvador sintetiza os debates e as demandas da sociedade civil organizada durante o Afro XXI.
Dilma reafirma compromisso contra a pobreza (Jornal da Band – 19/11/2011)
Afro XXI: chefes de Estado buscam aprovar diretrizes contra racismo (A Tarde – 19/11/2011)
Afrodescendentes lutam por criação de fundo internacional (A Tarde – 18/11/2011)
Começam os debates do Encontro de Afrodescendentes na Bahia (Vermelho – 17/11/2011)
Abertura do Afro XXI destaca avanços e desafios para o combate ao racismo (Funag – 17/11/2011)