(O Globo) Artigo de Julita Lemgruber e Leonardo Leão de Paris, ambos do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, aborda o crescimento da população carcerária feminina e a relação dessas presidiárias com o tráfico de drogas. Leia trechos selecionados:
“No mundo inteiro, a taxa de encarceramento de mulheres vem crescendo mais rapidamente que a de homens. No Brasil, a situação não é diferente: em apenas cinco anos, de 2000 a 2005, a taxa de encarceramento masculina por 100.000 habitantes cresceu 42%, e a feminina, 110%, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional Aqui como em outras partes do mundo, esse crescimento acentuado se deve a condenações por tráfico de drogas.”
“As mulheres constituem de 2% a 10% da população penitenciária em diferentes países. No Brasil, são 6,3% da população carcerária total, mas representam 14% dos presos por tráfico de drogas.”
“Mas o que se verifica é que, apesar do maior crescimento proporcional do número de mulheres encarceradas, a população prisional feminina continua abandonada à própria sorte, tal como no início do século XX, quando o jurista Candido Mendes, em seu relatório para o ministro da Justiça, qualificava de “vergonhosa e miseranda” a situação das mulheres presas no Brasil.”
“Portanto, se ainda estamos longe de prover tratamento digno a todos os presos, como preveem a Lei de Execuções Penais e os acordos internacionais firmados pelo governo brasileiro, quando se trata das mulheres essa distância parece ainda maior.”
Leia artigo completo: Mulheres na prisão, por Julita Lemgruber e Leonardo Leão de Paris (O Globo – 25/07/2011)