(SPM, 27/04/2016) O ambiente da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (4ª CNPM) contribuirá para a unidade e fortalecimento das pautas e demandas das mulheres. É o que acredita a integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) Alessandra Lunas, do Distrito Federal, que representa a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) no colegiado.
Segundo a conselheira, a conjuntura política pela qual passa o país implica em novos desafios para as mulheres, que têm travado lutas históricas pela igualdade e pelo empoderamento nas mais diversas áreas. São esperadas três mil participantes para a 4ªCNPM, entre delegadas, convidadas e observadoras. A 4ª Conferência será de 10 a 13 de maio, em Brasília.
“O momento é bastante delicado devido à conjuntura política do país. Para as mulheres, é uma ocasião ímpar, pois reforça a necessidade de estarmos unidas para encontrar soluções e debater o impacto das ameaças de retrocessos nas pautas e agendas das mulheres”, afirma.
A conselheira explica que, apesar dos inúmeros avanços registrados nos últimos anos na promoção da igualdade de gênero no Brasil, há uma forte resistência de setores mais conservadores, o que pode impedir novos avanços, além de colocar em risco as conquistas já consolidadas.
“Pautas importantes, como a questão do enfrentamento à violência contra a mulher, têm tido resistência. A sensação é de que, quanto mais avanços, maior é a resistência. Este é o debate que precisamos fazer na 4ª Conferência”. Alessandra Lunas avalia ainda que temas como o avanço de políticas públicas garantidoras do empoderamento das mulheres, bem como o aumento da participação na política deverão ter destaque durante as discussões das propostas.
Outro assunto que não pode ficar de fora é a discussão sobre o fortalecimento dos organismos estaduais e municipais da mulher. “O debate que vem com muita força nos Estados é a necessidade de avançar no fortalecimento dos organismos e mecanismos que respondem pelas mulheres, principalmente nos municípios, onde há maior impacto no cotidiano”, enfatiza.
Por fim, Alessandra Lunas aponta que o desafio principal para as participantes da 4ª CNPM é lutar por uma sociedade mais igualitária entre homens e mulheres. “Para que possamos efetivamente ocupar os espaços e ter força para mudar estruturas de poder que violam os direitos das mulheres”.
Ascom – 4ªCNPM
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