Alterações hormonais e dupla jornada aumentam vulnerabilidade
Acidente vascular cerebral, as mulheres estão em maior risco porque têm características biológicas e fatores sociais que aumentam a vulnerabilidade às doenças do coração. Entre eles: alterações hormonais ligadas à menopausa, complicações durante a gravidez, e o estresse crônico da chamada “dupla jornada”, quando conciliar trabalho e cuidados familiares reduz o tempo dedicado ao autocuidado.
Especialistas afirmam que até 80% das doenças cardiovasculares podem ser evitadas com atividade física regular e alimentação saudável. Segundo o cardiologista Marcelo Bergamo, quanto mais cedo, melhor, embora nunca seja tarde para adquirir bons hábitos.
“Bons hábitos sempre serão recomendados em qualquer faixa etária. E as mulheres devem cultivar esses hábitos de uma forma regular para evitar problemas futuros, não só em relação à parte cardiovascular, mas também em relação à parte osteovascular, onde as mulheres têm um risco maior de desenvolver osteoporose, osteopenia, fraturas e perda muscular com mais facilidade do que os homens.”
O infarto nas mulheres nem sempre causa dor intensa no peito. Outros sintomas que podem ser sinais de alerta são: fadiga incomum, falta de ar, sudorese, náusea, tontura, desconforto na mandíbula ou dor irradiada para o braço ou costas. Quando se tem um infarto, a rotina do paciente deve ser repensada. O cardiologista Marcelo Bergamo alerta que os cuidados devem ser mais intensos e o acompanhamento médico mais frequente.
“Se ela tem pressão alta, ela terá que ter um controle mais adequado dessa pressão, eventualmente com medicação ou, se ela conseguir ter um bom controle somente com bons hábitos de vida, é totalmente possível que ela não tenha necessidade de medicação. Mas é mais provável que, a partir do momento que ela teve o enfarto, ela utilize remédios para controlar a pressão.”
O Sistema Único de Saúde oferece assistência para a pessoa com insuficiência cardíaca, incluindo ações de prevenção e controle.
