Julho das Pretas, por Cida Bento

Óleo sobre tela do pintor e gravurista suíço Félix Edouard Vallotton comunmente associada a Tereza de Benguela, líder quilombola brasileira no século XVIII – Reprodução

Óleo sobre tela do pintor e gravurista suíço Félix Edouard Vallotton comumente associada a Tereza de Benguela, líder quilombola brasileira no século XVIII - Reprodução

20 de julho, 2022 Folha de S.Paulo

Desafios para negras são muitos, mas mudanças nos Parlamentos são caminho sem volta

(Cida Bento/Folha de S.Paulo) Grandes desafios se colocam para mulheres negras que decidiram se candidatar ao Parlamento e ao Executivo no Brasil, em 2022. Este é um ano especial, no qual comemoramos os 30 anos do encontro ocorrido na República Dominicana em que se instituiu 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Afro-Latina e Caribenha.

No Brasil, a data presta uma homenagem a Tereza de Benguela, líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século 18. Em nosso país, é também celebrada a 10ª edição do Julho das Pretas —criado no contexto de ações coletivas pelo Odara – Instituto da Mulher Negra— e tendo como mote “Mulheres Negras no Poder, Construindo o Bem Viver!”.

Os desafios colocados para as mulheres negras não são poucos, mas as mudanças nos Parlamentos já vêm ocorrendo. Nas eleições municipais de 2020, ocorreu um aumento de quase 700 cadeiras ocupadas por mulheres negras nas Câmaras Municipais e um aumento de mais de 2 milhões de votos do povo brasileiro nesse grupo; 32% a mais se compararmos com as eleições de 2016, segundo o Instituto Marielle Franco. Provavelmente esse aumento da presença negra no Parlamento vem provocando, de um lado, comemorações, e, de outro, a intensificação da violência.

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