(Universa | 09/07/2021 | Por Andrea Dip)
Na última quarta-feira (7), Bolsonaro anunciou publicamente sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpriu o que vinha prometendo desde 2019: escolheu alguém “terrivelmente evangélico”, para representar no judiciário os interesses de sua base de apoio mais fiel. A indicação do advogado-geral da União — e pastor — André Mendonça ainda deve ser avaliada pelo Senado.
Em visita de comemoração aos 110 anos da igreja Assembleia de Deus no Brasil em Belém, no Pará, o presidente disse para uma atenta plateia com todas as letras: “Fiz um compromisso com os evangélicos do país. Indicaremos um evangélico para que o Senado aceite seu nome e encaminhe para o STF um irmão nosso em Cristo”. Ao seu lado estava Silas Malafaia, um dos mais influentes e midiáticos pastores do país.
Como eu já falei anteriormente aqui na coluna e acho sempre importante lembrar, o apoio das principais igrejas evangélicas (pentecostais, mas também históricas como a batista da ministra Damares Alves) à uma única candidatura, no caso a de Bolsonaro em 2018, foi algo inédito na história do país. E mesmo diante de todas as crises que têm abatido o governo, esse apoio é o que segue mais firme.
Não intocado ou homogêneo – há diversidade de pensamento entre os evangélicos e muitos têm se articulado em frentes progressistas – mas púlpitos importantes seguem à disposição do presidente e líderes de megaigrejas como o próprio Malafaia da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, Estevam Hernandes da igreja Renascer em Cristo, Robson Rodovalho da Sara Nossa Terra e Edir Macedo da Igreja Universal, continuam reafirmando sua aprovação “religiosamente”.