(Câmara Notícias, 01/06/2016) A nova titular da Secretaria de Políticas para Mulheres, a ex-deputada Fátima Pelaes, se reuniu nesta quarta-feira com o presidente em exercício da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR), e com a bancada feminina.
A secretária afirmou que o diálogo com o Congresso vai fazer parte de suas ações à frente da Secretaria. “Eu acho que o que está acontecendo hoje no caso específico do Rio de Janeiro é uma oportunidade que nós temos para fazer mudanças reais na vida das mulheres deste País, e o fato de estar essa comissão aqui no Congresso Nacional que é a caixa de ressonância da sociedade, isso faz diferença. Vai se fazer um levantamento de todos os projetos que estão tramitando, e o presidente, com a bancada, vai agilizar para que nós possamos ter esses projetos, para que nós possamos garantir a lei na vida dessas mulheres.”
Criticada pela imprensa por ser publicamente contrária ao aborto, mesmo em caso de estupro, Fatima Pelaes garantiu que suas convicções pessoais não atrapalharão seu trabalho à frente da Secretaria.
Agilidade na comissão externa
A Câmara já criou uma comissão externa para acompanhar as ações relativas ao recente caso de estupro coletivo envolvendo uma menor no Rio de Janeiro. A comissão externa foi aprovada por unanimidade pelos líderes partidários e é composta por 31 deputados.
A coordenadora da comissão, deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), explicou que haverá agilidade nos trabalhos, mas é um assunto que não vai se esgotar tão cedo. Ela afirmou que um dos pontos que vai ser tratado pela comissão é a mudança na forma como as mulheres vítimas de estupro são atendidas nas delegacias.
“O objetivo dessa comissão é acompanhar esse crime de ponta a ponta e que desse crime bárbaro nós possamos reunir outros temas que estão tramitando”, disse Soraya Santos. “Que esse grupo de parlamentares de homens e mulheres possam traduzir em ações rápidas, mas que tenham também uma discussão permanente e efetiva pra poder avançar numa questão tão doída que é essa questão do estupro, do respeito ao corpo da mulher, o tratamento que essa mulher tem que ter, que ainda está no Brasil muito associada à posse e ao domínio do homem.”
O deputado Giacobo destacou a urgência da comissão: “É uma matéria que nós temos que dar uma resposta imediata à sociedade, um acontecimento que nos entristece, que nos deixa estarrecidos e nós, como homens e mulheres públicos eleitos pela população, nós temos a responsabilidade e a obrigação de dar uma resposta sobre esse acontecido”.
Karla Alessandra; Edição – Newton Araújo
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