Presidente fará pronunciamento sobre a proposta de reforma da Previdência no dia 20.
(HuffPost, 14/02/2019 – acesse no site de origem)
O presidente Jair Bolsonaro definiu nesta quinta-feira (14) que a idade mínima de aposentadoria, com a reforma da Previdência, deverá ser de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. O período para chegar a essa transição será de 12 anos.
A informação foi dada pelo secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após uma reunião com o presidente no Palácio da Alvorada.
Na próxima quarta-feira (20), Bolsonaro deve assinar, entregar ao Congresso e fazer um pronunciamento sobre a proposta, ainda segundo o secretário.
Após 18 dias internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde realizou uma cirurgia, Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira Marinho e os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), que lhe apresentaram um texto para a reforma.
″[O presidente] tomou a decisão final, o texto está pronto. Começa a circular dentro das instâncias internas do governo para ser validado”, disse Marinho. Segundo ele, Bolsonaro “estava sendo informado periodicamente” durante o período da elaboração da proposta.
O secretário ainda afirmou que a equipe econômica defendia, no projeto apresentado a Bolsonaro, a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, com um período de transição de 10 anos.
Na última terça-feira (12), o próprio Marinho havia afirmado que o texto da reforma estava pronto para ser apresentado a Bolsonaro e que ele era “bastante diferente” de uma versão vazada para a imprensa. No entanto, a minuta divulgada pela imprensa mostrava justamente a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres.
O presidente já tinha afirmado, em entrevista no começo de seu governo, que queria determinar idades mínimas distintas para homens e mulheres, mas havia citado 62 anos para homens e 57 para mulheres.
Atualmente, o brasileiro pode se aposentar por idade ou por tempo de contribuição. No primeiro caso, a exigência é ter 65 anos (homens) e 60 (mulheres), com o mínimo de 15 anos de contribuição.
Marinho disse que o governo não quis dar mais detalhes da proposta por “deferência ao Congresso”, que deveria ter o texto antes da imprensa.
“Esperamos que seja aprovado brevemente porque o Brasil precisa e tem pressa de voltar a crescer”, afirmou.