Empregadores devem enfrentar violência de gênero no local de trabalho, diz ONU Mulheres

17 de março, 2017

Altos funcionários da ONU pediram na quinta-feira (16), durante painel de discussão sobre a violência de gênero no local de trabalho promovido pela ONU Mulheres e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que governos e instituições em todo mundo criem normas e medidas adequadas para prevenir tal prática.

(ONU BR, 17/03/2017 – acesse no site de origem)

“A violência contra as mulheres tem consequências de longo prazo”, disse a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, destacando que as crianças que viram suas mães e irmãs serem espancadas dentro de casa podem ser tornar perpetuadores de tais práticas ou pessoas infelizes quando crescessem.

Ela também observou que as mulheres podem morrer devido à violência e experimentar várias formas de sofrimento, incluindo danos físicos e emocionais, traumas, estigma e acesso limitado ao mercado de trabalho.

“Os empregadores também terão de pagar o preço alto por tolerar a violência contra mulheres no ambiente de trabalho, incluindo perdas de produtividade, despesas legais, alta rotatividade e danos à reputação corporativa”, destacou.

“A violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos, uma ameaça à segurança e à saúde das mulheres e uma intimidação ao empoderamento delas”, acrescentou a diretora do Departamento de Condições de Trabalho e Igualdade da OIT, Manuela Tomei.

Ela afirmou que uma pesquisa conduzida pela OIT descobriu que um dos principais desafios que as mulheres enfrentam no local de trabalho é o assédio e o abuso.

“O universo do trabalho vai além do local de serviço, e inclui conversas, eventos sociais, casa”, frisou, destacando a importância de responder à questão através de uma abordagem integrada que inclui prevenção, proteção e assistência às vítimas.

“A OIT está liderando os esforços para estabelecer um novo padrão global até 2019 e 2020 contra a violência e o assédio no local de trabalho”, continuou.

O painel de discussão foi realizado à margem da 61ª Comissão sobre o Status da Mulher, conhecida como o maior fórum intergovernamental sobre direitos da mulher e igualdade de gênero. O tema deste ano é sobre o empoderamento econômico das mulheres na mudança do mundo do trabalho.

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