Projeto ‘Mulheres Também Sabem’ quer combater a sub-representação feminina divulgando trabalho e contato de pesquisadoras
(Nexo, 27/06/2017 – acesse a íntegra no site de origem)
O questionamento sobre por que não há mais mulheres apresentando seus trabalhos em mesas, painéis e outros eventos de diversas áreas do conhecimento chegou à academia e aos meios profissionais há alguns anos.
Desde 2015, iniciativas como o Tumblr “All Male Panels”, que se dedica a dar um “selo” negativo a programações compostas exclusivamente por especialistas homens, chamam atenção para a invisibilidade de mulheres nesses espaços.
O site “Mulheres Também Sabem”, lançado no dia 26 de junho por um grupo de profissionais e acadêmicas brasileiras das ciências humanas, é uma nova iniciativa de combate à desigualdade no espaço de fala concedido a especialistas mulheres e homens.
O objetivo do projeto é “reduzir o viés implícito e explícito que existe contra as mulheres nessas disciplinas” por meio da promoção do trabalho de mulheres especialistas. “Nosso mecanismo de busca permite que profissionais da academia e da comunicação identifiquem e contatem mulheres especialistas que se dedicam à pesquisa em uma variedade de tópicos relacionados às Ciências Sociais, Sociais Aplicadas e Humanidades”, segundo o site.
As especialistas estão separadas por áreas, como Teoria Política ou Economia Internacional. Novos campos e nomes serão acrescentados à medida em que especialistas se cadastrarem por e-mail. Além das áreas, também é possível buscar termos específicos e palavras-chave do assunto para encontrar sua especialista.
Inspirado na versão americana “Women Also Know Stuff”, o site afirma que “é preciso superar a ideia equivocada de que os especialistas são convidados com base exclusiva no ‘mérito’: consciente ou inconscientemente, existe uma tendência de que estes eventos excluam mulheres igualmente ou mais qualificadas que os homens selecionados”.
Juliana Domingos de Lima