Exploração de mulheres é subnotificada no Brasil

Dia Internacional da Mulher Brasília (DF) Foto Mídia Ninja

Dia Internacional da Mulher Brasília (DF). Foto: Mídia Ninja

04 de julho, 2023 Folha de S.Paulo Por Geovana Oliveira e Katia Flora

Machismo ajuda a explicar baixo número de casos de trabalho doméstico e servidão sexual

A escravidão moderna de mulheres é subnotificada no Brasil. Nos últimos 20 anos, 2.488 foram resgatadas de condições análogas à escravidão, segundo a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) do Ministério do Trabalho. O número é 5% do total de trabalhadores resgatados na série histórica.

“Quando consolidamos os dados, isso chamou nossa atenção. Concluímos que o trabalho escravo doméstico e a escravidão sexual estão invisibilizados”, afirma Lys Sobral Cardoso, coordenadora da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) do Ministério Público do Trabalho (MPT).

O Detrae começou em 1995, mas o primeiro registro de resgate de trabalho escravo doméstico é de 2017. Já a escravidão sexual só aparece em 2019.

“Eu não me tocava que aquilo era trabalho escravo. Fui dominada pela mente das chefes, achava que era normal”, afirma Luara*, 22.

Ela foi aliciada em outubro de 2022, no interior do Ceará, para se prostituir em um bar no Distrito Federal com promessa de altos salários. O combinado era ter a passagem paga pelos aliciadores e descontada depois do trabalho sexual, com garantia de almoço. Nada disso aconteceu.

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