Fim da desigualdade de gênero no mercado de trabalho pode fazer PIB global crescer mais de 20%, diz Banco Mundial

05 de março, 2024 Valor Econômico Por Redação

Mesmo com avanços legislativos na proteção dos direitos das mulheres, as diferenças de gênero no mercado de trabalho continuam maiores do que o esperado, segundo o relatório “Mulheres, Negócios e a Lei 2024”, publicado hoje pelo Banco Mundial. A entidade estima que o fim da desigualdade de gênero pode provocar um aumento de mais de 20% no PIB global.

“Mulheres têm o poder de impulsionar a economia global, que está patinando”, disse Indermit Gill, Economista-Chefe do Banco Mundial. “No entanto, em todo o mundo, leis e práticas discriminatórias impedem as mulheres de trabalhar ou iniciar negócios em igualdade de condições com os homens. Fechar essa lacuna poderia aumentar o PIB global em mais de 20% – essencialmente dobrando a taxa de crescimento global na próxima década – mas as reformas têm avançado a passos lentos”.

O estudo mostrou que mesmo com o aumento de leis para a proteção dos direitos das mulheres no mercado de trabalho, elas têm cerca de 64% dos direitos assegurados a homens. A situação fica pior quando é avaliada a aplicação dessas regras. Segundo o Banco Mundial, entre as 190 economias avaliadas, menos de 40% impuseram medidas para a implementação total das regras de igualdade de gênero.

O relatório mostra também que apenas 98 países promulgaram legislações que exigem salários iguais para homens e mulheres que desempenham funções iguais. No entanto, apenas 35 países, menos de um quinto das economias avaliadas, adotaram medidas de transparência salarial ou mecanismos de acompanhamento sobre a questão da diferença de ganhos.

Com a falta de aplicação das leis de igualdade de gênero, o Banco Mundial estima que mulheres ganham, em média, apenas 77 centavos para cada dólar pago aos homens.

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