OIT: crise de Covid-19 vai deixar legado de pobreza, especialmente para mulheres

03 de dezembro, 2020

Relatório da Organização Internacional do Trabalho adverte que efeitos da pandemia ainda serão sentidos no futuro próximo

(Celina/O Globo via Reuters | 03/12/2020)

A renda caiu ou ficou estagnada em muitos países nos primeiros seis meses de 2020, com a pandemia de Covid-19 atingindo de forma mais dura trabalhadores com baixos salários e mulheres, afirma a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A crise deverá “exercer uma pressão massiva sobre a renda no futuro próximo”, diz a agência da ONU em um comunicado divulgado esta semana.

Se a renda caiu ou cresceu amais lentamente em dois terços dos países cujos dados estavam disponíveis, no um terço restante, a alta na renda se deveu mais à perda de emprego por trabalhadores com salários baixos, o que fez a média mais alta.

Sem subsídios para atravessar a crise econômica que é resultado da pandemia de Covid-19, as mulheres teriam perdido 8,1% de seus salários no segundo trimestre do ano. Em comparação, a perda dos homens teria sido de 5,4%, de acordo com uma mostra de 28 países europeus, como mostra o relatório da OIT.

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