Pesquisa mostra que mulheres deixam de lado a saúde mental e hobbies pelo trabalho

Exhausted African American employee working on project

Foto: Freepik

12 de maio, 2025 Revista Cláudia Por Paola Carvalho

Quem cuida do seu dinheiro e do seu bem-estar quando você se esquece de você mesma?

Falta de vigilância, desatenção, desinteresse, menosprezo, falta de iniciativa, indolência, inércia, preguiça, descuidado, desaplicação. Na estante de livros, guardo duas edições impressas de dicionários, ainda encapadas com o plástico exigido pelo colégio.

Em vez do Michaelis, pego o Houaiss em mãos. Com uma curiosidade despretensiosa, busco uma palavra que tem visitado algumas de minhas reflexões: “negligência”. Os sinônimos, um atrás do outro, me parecem cruéis demais quando direcionados a qualquer pessoa que seja. São mais carregados de significados ainda quando se escuta de alguém como um alerta para você mesma.

A palavra também me encontrou na minha caixa de e-mail. “O autocuidado e saúde mental são os aspectos mais sacrificados por mulheres na hora de buscar um crescimento profissional” era o assunto da mensagem. Segundo a pesquisa “Mulheres nas empresas: o que querem da carreira e da vida pessoal”, feita pela Todas Group e pela Nexus, 7 em cada 10 mulheres (71%) abriram mão da saúde física ou de hobbies em razão do trabalho e pouco mais da metade (52%) negligenciou a saúde mental pelo mesmo motivo.

Perceber uma autonegligência serve como alerta, mas também como oportunidade. O estudo mostra que o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é a prioridade para quase metade (46%) das mulheres entrevistadas, seguido por saúde mental e bem-estar (40%) e estabilidade financeira e segurança no trabalho (39%). Era possível escolher até duas respostas. A Nexus entrevistou 1.203 mulheres de grandes empresas e multinacionais.

As entrevistadas abriram mão de muita coisa, segundo o levantamento: metade (50%) do tempo com a família, 33% da vida social e lazer, 24% da maternidade ou desejo de ter filhos, 14% de relacionamentos afetivos, 14% da estabilidade financeira e 3% da vida religiosa. Elas puderam escolher até três áreas sacrificadas.

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