Com 32% de indefinição a 18 dias do pleito, mulheres vão decidir eleição presidencial 2014

18 de setembro, 2014

(Agência Patrícia Galvão, 18/09/2014) Nesta segunda edição da série de análises Gênero e Raça nas Eleições Presidenciais 2014: A força do voto de mulheres e negros, a socióloga e especialista em pesquisa de opinião Fátima Pacheco Jordão destaca o papel decisivo que as mulheres terão no resultado da corrida ao Palácio do Planalto. “As perguntas abertas ou de declaração espontânea mostram que 32% das mulheres ainda não definiram em quem vão votar, um patamar 8 pontos percentuais acima da parcela masculina do eleitorado que ainda está indefinida. Os dados evidenciam que as mulheres vão definir a eleição”, aponta.

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Confira outros destaques apontados por Fátima Pacheco Jordão nesta edição:

Disputa segue entre Marina e Dilma, apesar do crescimento de Aécio

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“No geral, as estratégias de ataques a Marina não atingiram os objetivos em desgastá-la. Ela segue estável, embora duplamente questionada, por Dilma e por Aécio. A saída de Aécio do cenário de declínio e seu crescimento na mesma proporção de perda de Dilma parece ter sido favorecida pelo tema ‘Petrobras’, que aparentemente começa a influenciar os eleitores”, aponta.

2º turno: Marina abre 6 pontos de vantagem entre as mulheres e empata com Dilma entre homens

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ERRATA: O slide acima havia sido publicado com os dados da pesquisa Ibope de 11 a 16 de setembro invertidos. Os mesmos já foram corrigidos.

“Entre os homens, Dilma e Marina estão estáveis e mantêm empate técnico. Esses dados confirmam a importância de um olhar atento dos candidatos para o comportamento das mulheres. São elas que estão se movimentando e, ao que tudo indica, definirão o processo”, analisa Fátima.

Marina mantém larga dianteira entre brancos e empata com Dilma entre negros no 2º turno

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“Os negros estão alinhados com o conjunto da população na definição de intenção de voto e demonstram posição firme em relação a suas escolhas. As pesquisas mostram Dilma em destaque e estável neste segmento. Penso que esta opção pela continuidade tem relação com o reconhecimento de políticas públicas desenvolvidas pelo governo petista como, por exemplo, as cotas e o reconhecimento da desigualdade racial, demanda desse segmento.

Já entre os eleitores brancos, observa-se um desgaste de Marina e uma transferência de votos para Aécio, que cresce nesse segmento que tende a ser mais escolarizado e com maior renda. É aqui que acontece a mudança em relação à amostra geral e aos negros, já estando Aécio empatado estatisticamente com Marina”, realça.

Veja os dados na íntegra: Acirramento da disputa: Impacto sobre a intenção de voto de mulheres e negros (*VERSÃO CORRIGIDA, atualizado em 19/09/2014)

Acesse aqui a íntegra das análises de Fátima Pacheco Jordão sobre este momento da campanha eleitoral

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