(ONU Mulheres, 18/11/2015) Ao lado da ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Gomes; da secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; da deputada federal Benedita da Silva e de ativistas como Sueli Carneiro, a diretora executiva da ONU Mulheres reforçou o compromisso da entidade com o empoderamento das mulheres negras
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Com um punho erguido e saudação sul-africana de Mandela, a subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, estabeleceu os laços da diáspora africana com as afro-brasileiras na abertura da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver, que acontece nesta quarta-feira (18), em Brasília. Cerca de 20 mil mulheres negras abriram coro em favor do empoderamento das mulheres negras.
“Irmãs, mulheres, é uma maravilha estar aqui com vocês. Eu saúdo as mulheres ribeirinhas do Amazonas, as quebradeiras de coco babaçu, as trabalhadoras domésticas. Mulheres religiosas, parteiras de várias de cidades do Brasil, mulheres quilombolas, ialorixás, ativistas. Mães, avós, filhas”, elencou a diretora executiva da ONU Mulheres em referência a todas as mulheres negras que se envolveram no processo de organização da Marcha, iniciado em 2011, durante o Ano Internacional de Afrodescendentes.
Ao lado da ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Gomes; da secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; da deputada federal Benedita da Silva e de ativistas como Sueli Carneiro, a diretora executiva da ONU Mulheres reforçou o compromisso da entidade com o empoderamento das mulheres negras. “A luta de vocês é a nossa luta. E a luta da ONU Mulheres é a luta de vocês. Aqui no Brasil, estamos para dizer que temos de pôr fim à violência contra as mulheres. Também estamos aqui para dizer fim ao racismo. Vamos à frente com o bem viver”, declarou.
Phumzile Mlambo-Ngcuka destacou que o Brasil começa, a partir desta quarta-feira (18), a campanha global de 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Com o lema “Tornar o mundo laranja”, a campanha presta solidariedade às mulheres e meninas em situação de violência no mundo e convoca a sociedade mundial para prevenir e eliminar a violência de gênero.
A diretora chamou a atenção para a força das mulheres negras, cuja resistência e resiliência política têm mudado o curso das relações humanas. “No meu país, na África do Sul, as mulheres são fortes e poderosas. E vejo que aqui no Brasil são as mulheres negras são poderosas e fortes. Na África do Sul, as mulheres estavam à frente na luta contra o apartheid. E aqui no Brasil, as mulheres negras estão à frente da luta contra o racismo”.
Phumzile Mlambo-Ngcuka frisou o compromisso das Nações Unidas com a eliminação do racismo, a exemplo da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024) para promover o reconhecimento, a justiça e o desenvolvimento para homens e mulheres negras. Este esforço se soma aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que estabeleceu 17 objetivos globais a serem implementados pelos países até 2030.
A diretora executiva da ONU Mulheres permanece em Brasília até esta quinta-feira (19). Na tarde desta quarta-feira, ela terá reuniões com lideranças do movimento de mulheres negras e feministas, audiência com a presidenta Dilma Rousseff e ativação da iluminação laranja em favor da campanha de 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, às 19h, na Torre de TV.
Nesta quinta-feira, a diretora conhecerá a Casa da Mulher Brasileira, em Brasília, às 14h, e realizará reuniões com a equipe das Nações Unidas no Brasil.
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