(Globo Esporte, 10/12/2014) A NFL aprovou, por unanimidade, entre seus 32 proprietários, o que eles chamaram de “política de conduta pessoal revista e reforçada”, após a sequência de diversos casos de violência doméstica envolvendo jogadores. A NFL vinha sendo pressionada nos últimos seis meses para que revesse sua política considerada branda com os atletas envolvidos em incidentes com violência, como nos casos dos jogadores Ray Rice e Adrian Peterson, e outros.
Agora, a NFL não vai mais depender exclusivamente da Justiça criminal para obter orientação sobre quando e como penalizar os jogadores, e passará a usar seus próprios investigadores para ajudar a determinar quando aplicar multas e suspensões e a forma adequada. A liga expandiu a lista de condutas proibidas, como violência contra outra pessoa, crimes sexuais, perseguição ou assédio, posse ilegal de armas, roubo, conduta desordeira e “conduta que comprometa ou ponha em risco a integridade da NFL, dos clubes da NFL clubes, ou das pessoas da NFL”. A liga ainda vai expandir os serviços de apoio às vítimas, às famílias e aos próprios infratores.
– Com a ajuda considerável de muitas pessoas e organizações que consultamos, a NFL endossou uma política reforçada que é significativamente mais robusta, completa e formal – afirmou o comissário da NFL, Roger Goodell, a comparando com a revisão feita em 2007.
Goodell disse ainda que um novo comitê de conduta, que inclui os proprietários da NFL, irá supervisionar a política e fazer mudanças quando necessário, com o parecer de peritos externos. O proprietário do Arizona Cardinals, Michael Bidwill, presidirá o comitê, que incluirá também os proprietários dos Atlanta Falcons, Kansas City Chiefs, Houston Texans e outros.
Em fevereiro, Ray Rice, à época running back do Baltimore Ravens, agrediu a esposa num elevador de hotel. Após a notícia, o jogador foi suspenso por dois jogos. Em agosto, Goodell anunciou uma suspensão de seis jogos sem receber salários. Mas duas semanas depois, quando o vídeo da agressão veio à tona, Rice foi suspenso indefinidamente, e a NFL foi questionado pelo fato de não ter investigado o caso profundamente desde o início. Em novembro, Rice conseguiu recurso na justiça americana até novo julgamento e pôde voltar a atuar, apesar de estar sem clube.
Adrian Peterson, running-back do Minnesota Vikings, foi julgado pela liga de futebol americano e suspenso pelo restante da temporada 2014/15 sem direito a receber salários, depois que admitiu ter agredido o filho de apenas quatro anos.
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