Comissão foi proposta por Erika Hilton (Psol), que alerta para aumento da morte de transexuais no Brasil
(Rede Brasil Atual | 28/09/2021 | Por Júlia Pereira)
A Câmara Municipal de São Paulo instalou, na última sexta-feira (24), a CPI da Violência Contra Pessoas Trans e Travestis. A comissão foi proposta pela vereadora Erika Hilton (Psol), após a morte de Lorena Muniz, mulher trans abandonada durante incêndio em uma clínica da capital em fevereiro deste ano.
Além de Erika presidir a comissão, Eduardo Suplicy (PT) será o vice-presidente e Cris Monteiro (Novo), a relatora. Na abertura da CPI, a vereadora Erika Hilton (PSOL) considerou que a comissão parlamentar marca um momento histórico para o movimento da população trans do Brasil.
Erika Hilton relembrou alguns casos de violência contra pessoas trans e travestis no Brasil, como a morte de Lorena Muniz, que motivou a criação da comissão. Muniz era cabeleireira, tinha 25 anos, e foi abandonada inconsciente durante um incêndio em uma clínica da capital.
“Lorena é uma das milhares de mulheres trans e travestis que tem sua vida leiloada na irresponsabilidade dessas clínicas. No Ceará, uma travesti de 13 anos foi assassinada de forma brutal. Quando falamos de violência contra pessoas trans se mata por causa do indivíduo, pois nossa sociedade ainda é calcada na transfobia”, disse a vereadora, em pronunciamento na Câmara.