Denúncias recebidas pela Associação AMPARAR e pelo ITTC também apontam para violações dos direitos das crianças
Em um cenário preocupante, o Brasil se destaca como o terceiro país com a maior taxa de encarceramento global. De acordo com estatísticas recentes, o número de pessoas presas no país ultrapassa a marca de 660.000, colocando-o atrás apenas dos Estados Unidos e da China nesse preocupante ranking.
A situação se agrava ainda mais quando analisamos a população feminina encarcerada, na qual o Brasil também ocupa o terceiro lugar. Em 2022, o país contabilizava cerca de 42.355 mulheres presas, enquanto as vagas disponíveis não passavam de 27.029, resultando em uma taxa de ocupação alarmante de 156,7%.
Essas estatísticas refletem a realidade de jovens, principalmente mulheres negras, pobres, independentes e com baixa escolaridade, que são desproporcionalmente afetadas pelo sistema prisional. Além disso, estados como São Paulo e Minas Gerais sofrem com superlotação nas celas, colocando em risco a vida e a dignidade daqueles que estão privados de liberdade. Em média, São Paulo abriga aproximadamente 197.000 detentos, enquanto Minas Gerais registra cerca de 66.000, ambos enfrentando condições insalubres e desumanas, assim como em todo o país.