Levantamento é feito pelo Núcleo de Pesquisa em Raça, Gênero e Etnia (Nupreg) da Escola da Magistratura do Rio de janeiro (Emerj), com base em casos que chegam ao Tribunal de Justiça do Rio
(O Globo | 31/10/2020 | Por Lucas Altino e Marjoriê Cristine)
O assassinato da psicóloga Roseneia Gomes tem um ponto em comum com a maioria dos casos de feminicídio. Ela foi encontrada dentro de um carro, no estacionamento de um shopping em Campo Grande, na Zona Oeste, ao lado do ex-marido, o médico Antônio Carlos da Silva Pires, que cometeu suicídio. O crime ocorreu dois meses após ela ter pedido o divórcio — um estudo feito pelo Núcleo de Pesquisa em Raça, Gênero e Etnia (Nupreg) da Escola da Magistratura do Rio de janeiro (Emerj) mostra que 85% dos homicídios dessa natureza julgados pelo Tribunal de Justiça do estado ocorreram até oito semanas após o término de um relacionamento abusivo.