Jornalismo e ficção no combate ao aumento dos casos de violência contra a mulher

06 de maio, 2016

(Criar Brasil, 06/05/2016) Projeto une comunicadores de todo o Brasil na luta pela saúde e pelos direitos das mulheres

A cada dois minutos, cinco mulheres sofrem violência doméstica no Brasil. De acordo com o balanço dos atendimentos realizados pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, de 2014 para 2015, houve um aumento de 129% dos relatos de violência sexual. Para mudar este quadro, ficção e informação são utilizadas no Projeto Mulheres: Quero Mais Saúde que reúne vídeos, programas de rádio e material impresso para comunicadores de todo o país.  O primeiro vídeo da série #NãoÉSuaCulpa – que revela a violência física e psicológica – com intensa força dramática, está sendo lançado nas redes sociais e conta com a atriz Aisha Jambo.

O projeto apresentará também vídeos sobre Depressão, com a participação, entre outras, da atriz Sandra Barsotti. Mulheres: Quero Mais Saúde é uma realização da ONG CRIAR BRASIL, com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos.

Entre os materiais produzidos estão ainda progra­mas de rádio, radionovelas, spots, vídeos jornalísticos e uma car­tilha com dicas para produção de spots, programas e debates destinada a comunicadoras e comunicadores populares de todo o país. O objetivo é que, uma vez sensibilizados, eles e elas se co-responsabilizem na promoção de novas atitudes e de uma nova cultura das relações humanas, objetivando uma sociedade onde as discussões sobre a saúde da mulher ganhem espaço na programação das emissoras.

É por acreditar na força transformadora da comunicação que apostamos nessa campanha que pode informar sobre saúde, com o foco prioritário de ações de prevenção e detecção precoce.

Dados de saúde e violência

Apesar de ser um crime e grave violação de direitos humanos, a violência contra as mulheres segue vitimando milhares de brasileiras. De acordo com o balanço dos atendimentos realizados pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, 38,72% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 33,86%, a agressão é semanal.

As históricas desigualdades de poder entre homens e mulheres implicam em forte impacto nas condições de saúde das mulheres. Principais usuárias do Sistema Único de Saúde – SUS, elas formam um segmento social fundamental para as políticas de saúde. Doenças tipicamente femininas como câncer do colo do útero e de mama têm alto grau de incidência, mas podem ter seus índices de mortalidade reduzidos pela prevenção e o diagnóstico precoce. Assim como as doenças sexualmente transmissíveis e a mortalidade materna. Quando se trata de saúde da mulher, informação é ferramenta para salvar vidas.

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