A atriz Maria Clara Spinelli, destaque da série da Globo Supermax, comemorou o sucesso de sua personagem, Janete.
(HuffPost Brasil, 02/11/2016 – acesse no site de origem)
Em entrevista ao Ego, a atriz também falou em explorar suas capacidades artísticas e escapar um pouco dos papeis que representam transgêneros. “Me prejudica muito. Nunca tive um papel que não fosse um transgênero. Quero fazer outra coisa. Acho que se me colocassem como uma religiosa preconceituosa, iria ser transgressor.”
Como em Supermax, Maria Clara também enfrentou preconceito para se assumir mulher. “Meu primeiro curso foi Processamento de Dados e o preconceito que sofri me obrigou a abandonar a faculdade. Hoje aprendi a me defender.”
Nascida em Assis, no interior de São Paulo, a atriz só contou para a mãe, Lydia, que faria a readequação de sexo aos 20 anos de idade. Segundo Maria Clara, apesar do espanto num primeiro momento, sua mãe a apoiou.
“Minha mãe é o exemplo de mulher e ser humano que eu sonho um dia ser parecida. Ela me teve aos 47 anos e me criou sozinha. Quando lhe dei a notícia, seu grande medo era como o mundo iria reagir e me tratar. Ela também se perguntou: ‘Onde eu errei?’. Minha mãe temia que eu sofresse”.
Além de buscar papéis diferentes, a atriz diz que rejeita o rótulo de transexual. “Um dia um amigo meu fotógrafo me convidou para fazer um ensaio transex. Disse para ele que ‘transex’ é feio, é nome de panela. Sou uma atriz”.