Em decisão rara, Justiça condena assassino de mulher trans por feminicídio

14 de junho, 2021

Julgamento considerou que Jonatas Santos praticou feminicídio com emprego de meio cruel que dificultou a defesa da vítima, e determinou 16 anos de prisão; Larissa Rodrigues, 21, foi morta a pauladas na zona sul de SP, em maio de 2019

(Ponte | 14/06/2021 | Por Jeniffer Mendonça | Acesse a matéria completa no site de origem)

Quando a manicure Rosângela Rodrigues de Lima, 55, desembarcou de Fortaleza (CE) na capital paulista, na última sexta-feira (11/06), não esperava que o Tribunal de Justiça de São Paulo já tinha um veredito pelo assassinato de sua filha, Larissa Rodrigues da Silva, 21, morta a pauladas em maio de 2019, na região do Planalto Paulista, na zona sul da cidade. “Era para ser três dias de júri, mas acabou sendo um só. Eu sempre venho acompanhar as audiências porque o que eu quero é justiça para minha filha”, declarou.

Por maioria de votos, o júri popular considerou Jonatas Araujo dos Santos, 27, culpado pelo feminicídio de Larissa, com emprego de meio cruel que dificultou a defesa da vítima. Ou seja, os jurados entenderam que a jovem foi assassinada pela sua condição de mulher e os excessivos golpes com um pedaço de madeira causaram a sua morte. A juíza Fernanda Salvador Veiga, do Foro Criminal da Barra Funda, fixou como pena 16 anos, nove meses e 18 dias de reclusão em regime fechado, negando-lhe recorrer da sentença em liberdade na quinta-feira (10/6). Cabe recurso à decisão. Jonatas segue preso.

Para a família de Larissa, porém, o resultado não foi totalmente satisfatório. “Pela crueldade que ele fez com a minha filha, eu achei que ele seria condenado a mais tempo”, disse Rosângela. “Estamos na dúvida se vamos recorrer ou não da condenação. Para mim ainda teve omissão de socorro porque demoraram para socorrer ela”, critica.

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